Aceleramos o Golf elétrico Blue-E-Motion Versão “verde” do hatch médio da Volkswagen chega às lojas europeias em 2013

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Golf Blue-E-Motion tem autonomia para rodar 150 km; modelo será lançado em 2013
Carro elétrico é coisa do futuro, certo? Depende. Na Europa, a presença dos modelos alimentados por baterias já é realidade. Tem carro na loja, disponível para compra – casos do Nissan Leaf e do Mitsubishi iMiev, entre outros. E quem permanece fora desse “filão” está prestes a entrar. É uma questão de tempo. Aliás, tempo curto. A Volkswagen, por exemplo, terá vários “players”. Um deles é o hatch médio Golf, carro mais popular da marca no mundo. A versão 100% elétrica, batizada de Blue-E-Motion, está em fase de testes. O lançamento será só em 2013, mas tivemos a chance de andar no Golf “verde”.



Quando chegar ao mercado, a versão elétrica já será feita sobre a sétima geração do Golf, prevista para 2013
Editora Globo
Por fora, o protótipo é exatamente como os outros Golfs de sexta geração – duas à frente do brasileiro. O visual é bastante atual e belo, sobretudo com a carroceria na cor branca – tendência entre os carros “ecologicamente corretos”, para transmitir ideia de limpeza e cuidado com o meio ambiente. À exceção dos adesivos que remetem ao uso de baterias de íon de lítio, trata-se de um Golf comum. As diferenças só surgem quando acessamos o interior. O painel é bem parecido com o do hatch a combustão (até a alavanca do câmbio está lá!). Mas basta acionar o motor e você está em outro Golf.
A variante elétrica do hatch médio da Volks é silenciosa e serena – esqueça as versões apimentadas ou qualquer arrojo que o Golf possa sugerir. Aqui o objetivo é rodar sem poluir. E, dentro dessa proposta, o modelo parece pronto. Até o simulador do barulho do motor (ainda não obrigatório) está lá para alertar os pedestres sobre sua presença. Mas o ruído é tão sutil que quase não se escuta nada dentro da cabine. Também não há qualquer vibração ao volante. O motor elétrico de 115 cavalos de potência (na foto ao lado), instalado sob o capô, mal emite os tradicionais silvos quando o acelerador é afundado um pouco mais.


Editora Globo
Instrumentos têm seções azuis e verdes para indicar faixas mais eficientes; tela mostra distribuição da força
Poder de arranque surpreende

Se o internauta acha que andar num carro elétrico é “entediante”, muita calma. Obviamente o Golf Blue-E-Motion não produz acelerações de tirar o fôlego (seu objetivo é não poluir). Por outro lado, o modelo alimentado com eletricidade pode surpreender. Assim como em outros elétricos, no Golf o torque máximo de bons 27,5 kgfm é constante – despejado por inteiro nas rodas dianteiras a qualquer hora. E essa energia disponível ao menor toque no pedal faz o modelo acelerar com vontade. Contudo, não espere atingir altas velocidades. A máxima é limitada em 135 km/h.



Paddle-shifts no volante ajudam a recuperar energia ao soltar o acelerador; gráfico na tela mostra regeneração
Ou seja, na prática, o Golf elétrico sai com bastante vigor, mas demora a ganhar velocidade. Não por acaso, a aceleração de zero a 100 km/h leva 11,8 segundos, segundo a Volkswagen – tempo próximo do obtido por um hatch compacto com motor 1.6 litro flex. E o desempenho ainda pode mudar dependendo do modo de condução escolhido. No “Normal”, o Golf tem os 115 cv do motor elétrico disponíveis. No “Eco”, são 95 cv e a máxima de 120 km/h. E no modo “Range”, que busca ampliar a autonomia, o bloco elétrico fornece apenas 69 cv, com velocidade limitada em 95 km/h.


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Recarga completa leva oito horas
A autonomia, inclusive, ainda é o ponto fraco dos carros elétricos. E com o Golf Blue-E-Motion não é diferente. A versão tem autonomia para percorrer 150 km, distância até suficiente para o uso urbano. O problema é que equipamentos como o ar-condicionado reduzem essa capacidade. De qualquer maneira, o protótipo mostrou-se palpável e inteligente. É um carro como outro qualquer, porém alimentado por baterias e “amigo” do meio ambiente. Durante o passeio, nos arredores da fábrica da Volkswagen em Wolfsbrug, na Alemanha, confesso que não avistei postos de recarga (exceto dentro do completo industrial). Mas, se as autoridades ajudarem, o Golf e outros modelos elétricos serão viáveis muito em breve, para a sorte dos nossos pulmões.

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