Peugeot 508: uma volta no sedã que chega no fim de 2012
otto, de Alicante, Espanha
Esqueça o bocão, os olhos grandes e a dianteira agressiva dos carros da Peugeot. Daqui para a frente, leveza e fluidez vão dominar as linhas dos modelos da marca. A mudança foi anunciada no ano passado, com o conceito SR1, no Salão de Genebra (Suíça). E o primeiro resultado aparece no sedã 508, que acaba de ser lançado na Europa e deve desembarcar no Brasil no fim de 2012.
Repare como os traços correm suavemente do capô até a traseira, dando uma impressão fluida ao visual do sedã. A grade ganha formato de trapézio, enquanto os faróis, menores, ampliam a superfície do capô. O “olhar” discreto do 508 causa certo estranhamento inicial – dá a sensação de que os faróis ficaram desproporcionais ao tamanho da dianteira. Mas o design está mesmo mais limpo, moderno. Só a traseira ainda tem um “quê” de careta. As lanternas compensam: há três filetes vermelhos de led na diagonal que imitam as garras de um leão, símbolo da marca.
Em manobras de baixa velocidade, até 40 km/h, a iluminação é direcional, de série. Já os faróis de led bixenônio são opcionais. Com eles, o carro ganha a função direcional até 160 km/h para melhorar a visibilidade nas curvas. Além disso, os faróis são adaptativos, com sistema que detecta o fluxo do tráfego durante a noite e dosa a intensidade da luz alta por meio de uma câmera instalada no retrovisor.
À frente do volante, uma novidade: o head up display, que mostra velocímetro e informações do GPS, agora traz as informações em cores. Os bancos, com regulagem elétrica, misturam tecido e couro, material que se estende ao painel, de textura agradável. Tudo impecável. A tela central touch screen de 7 polegadas, em posição elevada no centro do painel, facilita a visualização.
O conforto também aparece na rodagem. Com suspensão McPherson na dianteira e multibraços na traseira, o 508 roda macio, mesmo nos poucos trechos acidentados que encontramos na Espanha. A estrada sinuosa foi providencial. Nas curvas, o bom comportamento da suspensão conversa direitinho com a direção eletro-hidráulica. Aí, é só tocar.
Na Europa, o 508 é oferecido com três opções de motores a gasolina e cinco a diesel, com potências que variam de 112 cv a 204 cv. Segundo a Peugeot, os modelos a diesel correspondem a 90% das vendas. Para o Brasil é esperado o motor franco-alemão 1.6 turbo a gasolina, desenvolvido em parceria com a BMW. O propulsor tem duas versões: de 156 cv (que equipa o 3008) e 200 cv (do RCZ). A Peugeot ainda não definiu qual dos dois virá ao Brasil, mas como o 408 vai ganhar o 1.6 de 156 cv em breve, vale especular que o 508 terá a unidade mais potente.
Somente um modelo a gasolina estava disponível para o test drive: o 1.6 THP de 156 cv, acoplado ao câmbio manual de seis marchas, e não o automático de seis – esse sim esperado para o Brasil. Mas depois de conhecer o 508 com 156 cv, as expectativas são
boas: o desempenho do sedã é surpreendente, mesmo para um carro de 1.400 quilos (1.410 kg na versão com câmbio automático). O torque máximo, de 24,5 kgfm, começa a ser despejado logo a 1.400 rpm (e vai até os 4 mil giros), deixando qualquer apatia de lado. Prova de que o downsizing – motores de baixa cilindrada com alta eficiência – veio para ficar.
Portanto, abandone o preconceito com o motor 1.6 litro. Cheio de tecnologias, como turbocompressor, injeção direta de combustível e abertura variável das válvulas de admissão, o propulsor foi projetado para gerar mais potência e torque, com menos emissões. Segundo a Peugeot, o consumo urbano é de 10,4 km/l (na versão com câmbio automático) e de 9,3 km/l com transmissão manual – exatamente o que apontou o computador de bordo durante o test drive.
A eficiência do conjunto também está ligada às melhorias na aerodinâmica. Apesar de ser dez centímetros maior que o 407 (o 508 tem 4,79 m de comprimento), o novo sedã da Peugeot está 25 kg mais leve. E mesmo sendo menor que o 607 (lembra dele?), o 508 tem entre-eixos maior que os dois. Pois é. O 508 é a fórmula “dois em um” da Peugeot para aposentar os dois antigos sedãs, que tiveram volumes modestos de venda no Brasil. Na prática, foi uma equação muito bem resolvida: a Peugeot tem agora um sedã de luxo mais refinado, espaçoso e eficiente.
O 508 vai marcar presença em uma categoria que só encolheu nos últimos anos, a de sedãs grandes. Faz sentido importá-lo? Sim. O que está em jogo é a imagem da marca. É mais ou memos como a Citroën faz com o C5, produzido sobre a mesma plataforma do 508. Ele custa R$ 103 mil, e vende pouco mais de 50 unidades por mês. O 508 virá na mesma faixa de preço, e terá como principal rival o VW Passat.
*Viagem a convite da Peugeot
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Peugeot 508 sedã, o substituto do 607 e que chega ao Brasil no fim do ano que vem para brigar com VW Passat e companhia
Repare como os traços correm suavemente do capô até a traseira, dando uma impressão fluida ao visual do sedã. A grade ganha formato de trapézio, enquanto os faróis, menores, ampliam a superfície do capô. O “olhar” discreto do 508 causa certo estranhamento inicial – dá a sensação de que os faróis ficaram desproporcionais ao tamanho da dianteira. Mas o design está mesmo mais limpo, moderno. Só a traseira ainda tem um “quê” de careta. As lanternas compensam: há três filetes vermelhos de led na diagonal que imitam as garras de um leão, símbolo da marca.
A versão para o Brasil não foi definida, mas espere pelo motor 1,6 turbo de 200 cavalos que equipa atualmente o RCZ
À frente do volante, uma novidade: o head up display, que mostra velocímetro e informações do GPS, agora traz as informações em cores. Os bancos, com regulagem elétrica, misturam tecido e couro, material que se estende ao painel, de textura agradável. Tudo impecável. A tela central touch screen de 7 polegadas, em posição elevada no centro do painel, facilita a visualização.
Leão está na ponta do capô e nome da marca aparece discretamente na grade frontal
Na Europa, o 508 é oferecido com três opções de motores a gasolina e cinco a diesel, com potências que variam de 112 cv a 204 cv. Segundo a Peugeot, os modelos a diesel correspondem a 90% das vendas. Para o Brasil é esperado o motor franco-alemão 1.6 turbo a gasolina, desenvolvido em parceria com a BMW. O propulsor tem duas versões: de 156 cv (que equipa o 3008) e 200 cv (do RCZ). A Peugeot ainda não definiu qual dos dois virá ao Brasil, mas como o 408 vai ganhar o 1.6 de 156 cv em breve, vale especular que o 508 terá a unidade mais potente.
Tela de LCD em posição elevada facilita a leitura e tem duas funções controladas por botões no console central
boas: o desempenho do sedã é surpreendente, mesmo para um carro de 1.400 quilos (1.410 kg na versão com câmbio automático). O torque máximo, de 24,5 kgfm, começa a ser despejado logo a 1.400 rpm (e vai até os 4 mil giros), deixando qualquer apatia de lado. Prova de que o downsizing – motores de baixa cilindrada com alta eficiência – veio para ficar.
Os passageiros do banco de trás podem controlar a temperatura do ar-condicionado digital com comandos individuais
A eficiência do conjunto também está ligada às melhorias na aerodinâmica. Apesar de ser dez centímetros maior que o 407 (o 508 tem 4,79 m de comprimento), o novo sedã da Peugeot está 25 kg mais leve. E mesmo sendo menor que o 607 (lembra dele?), o 508 tem entre-eixos maior que os dois. Pois é. O 508 é a fórmula “dois em um” da Peugeot para aposentar os dois antigos sedãs, que tiveram volumes modestos de venda no Brasil. Na prática, foi uma equação muito bem resolvida: a Peugeot tem agora um sedã de luxo mais refinado, espaçoso e eficiente.
Botão de partida e freio de estacionamento que dispensa a tradicional alavanca entre os bancos dianteiros e economiza espaço
*Viagem a convite da Peugeot
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O visual arrojado do sedã é um dos pontops fortes do carro que vem para brigar com o novo Azera, Passat, entre outros
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